quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
"Mas a vida é real e de viés..."
2008, o que dizer deste ano?
Um ano repleto de contradições,
como todos,
mas talvez mais.
Um ano de partidas,
de amigos queridos...
...que foram pra longe ou pra nunca mais...
Um ano de vitórias memoráveis,
e de desafios enormes
que fazem crescer a coragem para enfrentá-los.
Um ano de desencontros mas também de grandes encontros e reencontros.
Um ano de tragédias mas também de tangos.
Um ano ímpar como todos,
que fiquei feliz por existir
e feliz por estar acabando.
Mas como a dialética,
por mais que alguns não saibam,
que outros não queiram saber
e os piores, que a desprezam,
faz parte da vida.
Todo 2008 marcará 2009 que chega cheio de vida,
cheio de novos desafios,
e novas contradições.
E espero novos ânimos e agentes ativos!
2009, que seja sim um ano de muita esperança,
como gostam todos de desejar,
porém de muita luta
e muitas vitórias.
Que acordem e vejam o que tem de bom,
pois "a vida é bonita e é bonita"
sem ocultar o que se tem de ruim
identificando os nossos
suando coletivamente para concretizar essa famosa esperança
em igualdade,
fraternidade,
justiça,
solidariedade e
liberdade.
Porque, como diria o EZLN em 1° de março de 1994:
"...É isto que queremos. Nada mais, mas também nada menos."
Foto de Itapuã/RS, de Marcus Vianna.
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
Passos...
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Nas ruas do pensamento...
Nas ruas do pensamento
me perco e me acho
me conheço
me confundo
me embalo em devaneios
belos e sujos...
Procuro soluções
Procuro um abraço apertado
Procuro certezas
num futuro cada vez mais anuviado
Tese, antítese, síntese...
Qual será a minha?
Estou perdida
entre o sonho e a realidade.
Sinto...
No bar, o vazio
No mar, o silêncio
No quarto, a falta
Perdi dedos e anéis
ganhei coragem sem "troféis"
Quero a sutileza do abraço
a troca do beijo
Quero de novo...
Como o velho vinho
gostoso
como um novo dia
surpreendente.
Quero a síntese!
Caminhando pelas ruas do pensamento..
com uma lágrima de saudade
que escorrega ao canto da boca
que levemente sorri,
nua de pretensões,
eu espero por t...
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Desencanto
"Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.
Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.
E neste versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.
-Eu faço versos como quem morre."
Manuel Bandeira
Teresópolis 1912
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Pissirinhu
Oh meu pobre "pissirinhu"
que agora caiu do ninho
te ensinaria a voar...
...mas já voa como grande ave
porém com peito apertado
e a asa quebrada
já vais a algum lugar.
Se quiser uma carona
uma ajuda ou companhia
monta aí que eu te carrego
quem me dera te levar...
...para qualquer lugar
bem em cima de uma árvore
que a tristeza não pudesse te alcançar.
Rima pobre é bem melhor
posso te repetir de cor
bem ao pé do teu ouvido
sentindo o vento soprar!
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Sol
Da Felicidade
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Borboleta, bate asas e voa...
Um dia assim,
bem melhor,
mais gostoso,
que congrega a intensidade e a leveza.
Um dia assim,
tão comum
porém tão atípico, hoje.
Como andar pelas ruas de sempre
mas as vendo como nunca.
Sensações...
Tão assim... Assim!
O toque
na pele
na boca
que arrepia
que acalma.
As notas ao fundo
que embalam.
A docura e a firmeza
camaradas...
Essa conjunção de fatores
que diferenciam
de qualquer toque
de qualquer pele
de qualquer boca...
Eu quero saber..
Tornar a vida em samba
brincar com os bambas.
Sento só
em uma cadeira
Mirando por la ventana...
Sinto teu vazio
hoje meu vazio
amanhã preenchido
por futuro bruto
pelo suspense do acaso.
Cavo caminhos
não abismos.
Me preencho, somo,
não sumo!
E qual o rumo?
Ouvir os passarinhos...
Cantar bem alto...
Chorar sozinha...
Brindar à mesa...
e não ter medo do mundo!!!
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
Auto-retrato
Sorrir e chorar desesperadamente, sempre!
Talvez junto, e sem contradição.
Essa sou eu!
Não amo tudo
mas tudo que amo, amo intensamente.
Não odeio tudo
mas tudo que odeio, odeio com toda minha força.
A vida é isso
Saber de onde venho,
onde estou
pra onde vou
e o principal: porque?
Sofro como o andarilho que caminha pro inferno, mirando nos olhos do nada
pouco a pouco...
Me alegro como quem conhece a vida e a sua profundidade, curiosa
cada vez mais...
Exagerada, verdadeiramente exagerada...
Essa sou eu!
Não sou traiçoeira, nem rasteira
Sou verdadeira!
Emocionada!
Dura! Como uma pedra...
Sensível! Como a flor de pelinhos que se perde ao vento...
"Cuéntame, cuéntame todo..."
Embalando meus pensamentos, nestes caminitos, tristes e felizes e só meus.
Entre cafés e cigarros.
Poderia seguir eternamente me retratando
e me descobrindo
mas esqueci de falar, instigante...
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Saudade...
Utilizo as palavras de Neruda
Tamanha esta minha impetuosidade
mas só o faço
pois compartilho da mesma saudade...
"Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...
Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...
Saudade é sentir que existe o que não existe mais...
Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...
Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.
E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.
O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido."
Os que Lutam - Bertolt Brecht
"Há aqueles que lutam um dia; e por isso são muito bons;
Há aqueles que lutam muitos dias; e por isso são muito bons;
Há aqueles que lutam anos; e são melhores ainda;
Porém há aqueles que lutam toda a vida; esses são os imprescindíveis."
Foto: Mortos na Revolução Boliviana de 1952, à espera de identificação.
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Amor Camaradagem
O Amor Camarada
Pela primeira vez descobri o verdadeiro amor, o amor camarada, aquele que dói na partida, mas não torce apenas pela volta, torce pela chegada, seja onde for.
Aquele que ama e respeita, e que sabe que não somos um e sim dois companheiros para sempre, porque o amor é eterno, e mesmo no fim desta caminhada, há uma em comum que estaremos sempre lado a lado, a luta por um mundo melhor.
Aquele que acredita no potencial do outro, que sonha com seu sucesso, que fica feliz com cada vitória por menor que ela seja.
Aquele que sabe e conhece a parte mais sombria de sua alma, seus medos e angústias mas que sabe que a determinação sempre vence.
Aquele a quem você sabe que pode confiar o maior dos segredos e te abraçará diante dos seus temores.
Aquele que compartilha da tua maior batalha, a luta pelo comunismo.
Pela primeira vez, descobri o verdadeiro amor,
O Amor Camarada.
Amor
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
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